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Você é Focado? (Seja sincero.)

Updated: Nov 13, 2018


Nosso cérebro é naturalmente focado? E se não, haveria uma forma de treiná-lo para isso? Se você se pergunta o mesmo, talvez seja a hora certa para ler "Foco: A atenção e o seu papel fundamental para o sucesso", do ph.D. Daniel Goleman (mais conhecido por seu livro "Inteligência Emocional").


O livro é dividido em sete partes, cada uma delas subdivididas em capítulos e abordando os temas: A Anatomia da Atenção; Autoconsciência; Lendo os Outros; O Contexto Maior; Prática Inteligente; O Líder Bem Focado; e Liderança Para Um Futuro Distante.


Apesar de haver uma abordagem voltada para líderes nos últimos capítulos, fazendo-nos entender que todo o contexto anterior foi uma base científica e mercadológica para chegar a esse fim, o livro não beneficia apenas homens de negócios. Longe disso, ele pode servir de inspiração e conhecimento para pessoas em todos os campos de atuação, de estudantes a profissionais da área de educação, de atletas e artistas a pessoas em cargos de CEO. Pois como bem colocou o autor:


"Seja numa família, nas redes sociais, numa organização ou na sociedade como um todo, somos todos líderes, de um jeito ou de outro."


OS PONTOS-CHAVE DO LIVRO




Um dos primeiros conceitos abordados no livro é a flexibilidade da atenção. Nossa vigilância pode se manter mesmo após grandes períodos de vigilia. Mesmo diante desse cenário, ainda somos capazes de manter nossa atenção focada — desde que tenhamos uma motivação suficientemente forte para isso.


Além disso, a atenção está associada a inúmeras operações mentais. Compreensão, memória, aprendizagem, percepção de sentimentos próprios e alheios são só algumas delas. Por isso é de grande importância compreendermos seu mecanismo e de que formas podemos aprimorá-lo.


O foco deve ser conscientemente treinado, e divide-se em três categorias: o foco interno, o foco no outro e o foco externo. O ideal é que dominemos os três. A boa notícia é que a atenção é como um músculo, que se fortalece e expande quando motivada.


"O foco interno nos põe em sintonia com nossas intuições, nossos valores principais e nossas melhores decisões. O foco no outro facilita nossas ligações com as pessoas das nossas vidas. E o foco externo nos ajuda a navegar pelo mundo que nos rodeia."

A abordagem do livro sobre como as redes sociais e demais artifícios tecnológicos nos afetam trata de alguns aspectos negativos, como por exemplo o fato de o circuito social e emocional cerebral ser ameaçado, já que ele aprende através de interações e conversas, durante a infância — e num mundo cada vez mais online, essa troca é prejudicada, às vezes a níveis quase de anulação.



Mas o que fazer num mundo de constantes distrações?



Elas são de dois tipos, para começo de conversa: sensoriais e emocionais. E as mais difíceis de se desvencilhar são as emocionais.

Pense nisso: você precisa responder um e-mail, e está um zum-zum-zum danado de gente falando ao seu redor. Você conseguiria focar sua atenção no e-mail mesmo assim? E se alguém te chamasse pelo nome, ainda assim se manteria focado? Então, o falatório é uma distração sensorial, do tipo que se consegue controlar com facilidade, mas quando dizem o seu nome, ativam em você uma distração emocional quase impossível de se desvincular, não é mesmo? Por isso quem tem maior foco consegue se manter calmo durante períodos de crise muito mais facilmente.


Eis um dos truques para se manter focado/ desenvolver seu foco em algo, segundo o livro:


"Um segredo para se ter mais entrega na vida é alinhar o que fazemos com o que gostamos, como ocorre com aqueles felizardos cujos empregos lhes dão muito prazer... desafiando [sua] capacidade ao máximo."

E desenvolver foco vai precisar que você trabalhe tanto os mecanismos ascendentes do seu cérebro quanto os descendentes. Não entendeu nada? O livro explica: "Nosso cérebro tem dois sistemas mentais semi-independentes, amplamente separados. Um tem grande capacidade computacional... , funcionando silenciosamente para resolver nossos problemas [e] trabalha além do horizonte da percepção consciente." Este é o sistema ascendente. Quanto ao sistema descendente, ele " se refere à atividade mental, que pode monitorar e impor seus objetivos ao funcionamento subcortical." Em outras palavras:




P.S.: Conforme uma nova habilidade se torna uma rotina, ela deixa de ser executada pela mente descendente e passa a ser tarefa da mente ascendente. É por isso que a prática torna tudo mais fácil. E é por isso também que bons atletas, ao ficarem inseguros, podem ter seu rendimento diminuído; eles tentam "racionalizar" algo que já está automatizado, tirando o foco de onde ele deve estar — é necessário para o cérebro deixar o sistema ascendente off para ligar o sistema descendente, e vice-versa.


Esse mecanismo cerebral é, inclusive, associado ao surto de obesidade americano nas últimas décadas. Isso porque com "a explosão de computadores pessoais e demais tecnologias na vida das pessoas... as distrações digitais [criaram] uma constante sobrecarga cognitiva — e isso mina o autocontrole."


Mas, munidos de esforço ativo, é possível administrar nossa mente de modo a focar nas coisas importantes. E é isso que você ira aprender durante essa leitura. Eu poderia me alongar no assunto, mas isso só deixaria este artigo imenso. Por isso, como última linha deixo minha recomendação: leia o livro Foco, de Daniel Goleman — com foco.



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