Batalhas épicas, estratagemas políticos, reviravoltas surpreendentes, lutas titânicas e ainda, de quebra, representatividade! Esta é a essência de EXÍDIUM!
Não foi só a Lua Éction que explodiu – a minha cabeça também!
Exídium
Autor: Gabriel G. Sampaio
Editora Coerência
Fantasia/ Ficção Científica/ Literatura Nacional
500 páginas
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No início do cosmos , os pacíficos e poderosos Primordiais foram misteriosamente exterminados. Bilhões de anos se passaram, e agora uma de suas infinitas galáxias vive uma era conflituosa. Entrementes, um ex-policial parte numa perigosa busca pessoal: libertar um amigo que foi possuído por Vyrom, um destes Primordiais.
Cruel e vingativo, este leviatã espacial se alimenta de mentes e tem planos para erguer um império de terror e devoção, onde ele irá controlar toda a vida senciente.
Apenas o último sobrevivente de um mundo morto e uma aliança improvável entre quatro grandes reinos podem fazer frente a essa ameaça cósmica, numa guerra desesperada e desigual – um conflito de seres titânicos e de armadas eapaciais que pode consumir o universo!
Já começo te alertando que Exídium causa no leitor, durante todo o tempo, uma sensação mental de cinema. E justamente por isso eu recomendo que você separe uma trilha sonora à altura, tornando sua experiência de leitura ainda mais impressionante. Sério, algo na vibe Star Wars vai te fazer 'viajar para o espaço' quase que literalmente.
Seu coração está em dia? Só pra saber, porque aqui as emoções são fortes, meu caro. Pra início de resenha, a Lua Éction, que circunda a capital do Reino de Actídia (que é apenas um dos quatro maiores reinos da galáxia!) explode no início da história. BOOM! Assim, do nada. E aí você é obrigado a continuar lendo os próximos capítulos pra saber o que afinal aconteceu com a bendita lua.
Por sorte, há um sobrevivente da tragédia: Djeitan, o cara que presenciou os últimos minutos da lua e é a única pista que a Rainha Ânia, de Actídia, tem sobre o ocorrido. Djeitan conta que seu amigo e chefe, Joan, estava numa investigação sobre contrabando de artefatos alienígenas, e ao tentar prender um desses traficantes intergalácticos, o pobre foi possuído por um desses objetos – ou melhor, pela coisa dentro dele. E foi esse ser que explodiu a lua. Djeitan, que fugiu a tempo de sobreviver, agora está decidido a livrar seu amigo dessa possessão.
Entrementes, temos também a visão de Vyrom, o primordial que tomou o corpo de Joan. Ele estava preso a apenas uns milhões de anos no tal artefato, e foi seu próprio irmão, Venn, quem o trancou ali. Agora Vyrom deseja desesperadamente consumir mentes até ficar poderoso o suficiente para confrontar o irmão e se vingar dele.
Aos poucos também somos apresentados aos quatro líderes dos Grandes Reinos: Liam, Ânya, Giandir e Guirr, tão diferentes entre si quanto os quatro elementos. Inicialmente, cria-se um clima bastante tenso entre eles, visto que o atentado à Lua Éction é tido como um potencial ataque terrorista. Mas a medida que a investigação prossegue as diferenças entre seus povos, antes gritantes, passam a ser pequenas diante da nova e potente ameaça. Algo precisa ser feito imediatamente!
As culturas desenvolvidas no livro, representadas por esses quatro líderes, se diferenciam claramente uma da outra, e esse é um dos pontos mais fascinantes. Mesmo a tecnologia das naves – que serão de suma importância na trama – trazem em sua estrutura e design o DNA dessas culturas.
Entre essas culturas, duas são humanas: o Reino de Actídia e o de Craysh, liderado por Liam Kahaad III. Ele e a Rainha Ânia dão mostras de um possível envolvimento futuro, mas o mais interessante dessa interação é que descobrimos como o preconceito separou os humanos em dois povos diferentes.
Apesar da recente união dos reinos, eles aparentemente não são páreo para Vyrom, que a cada dia se torna mais poderoso e cruel. É aí que, para equilibrar a balança, surgem dois elementos cruciais para que os reinos tenham a mínima chance de conter o reinado de terror que se alastra pela galáxia.
Como não quero spoilerizar (expressão maravilhosa da autora Giovanna Vaccaro), paro por aqui. Mas eu repito: VOCÊ PRECISA LER EXÍDIUM!
